Dr. Gabriel Gil

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Dr. Gabriel Gil

Médico especialista em Radioterapia

Tumores do Trato gastrointestinal

Câncer esôfago, estomago, intestino, colón e reto. Esses são alguns exemplo dos locais do trato gastrointestinal onde é possível que se desenvolvam neoplasias. Hoje, vou resumir para você as principais informações sobre os câncer do trato gastrointestinal!

Fisiopatologia dos Tumores do Trato Gastrointestinal

Como comentei brevemente anteriormente, as neoplasias podem acometer qualquer parte do trato gastrointestinal (TGI), do esôfago ao ânus. Sendo assim, a fisiopatologia e os tipos histológicos de neoplasias do TGI são extremamente variados.

De uma forma geral, podemos considerar que a maioria desses tumores começam nas células glandulares que revestem a maior parte do trato gastrointestinal (GI). Por conta disso, os cânceres de esôfago, estômago, cólon e reto tendem a ter como os adenocarcinomas uma das formas histológicas mais comuns.

Além disso, algumas partes do trato GI, como por exemplo a parte superior do esôfago e parte final do ânus, são revestidas por células escamosas. Sendo assim, essas regiões podem desenvolver um tipo histológico denominado carcinomas de células escamosas.

Outro tipo celular que faz parte do trato gastrointestinal são as células neuroendócrinas. Tumores  neuroendócrino no TGI são relativamente raros. Apesar disso, os tumores carcinoides são um tipo de câncer neuroendócrino que pode ser encontrado no TGI.

Outros tipos também raros de neoplasias que podem se formar no trato GI são  os sarcomas de partes moles.

Por fim, temos um tipo diferente de neoplasias, o tumor estromal gastrointestinal (GIST). Esse tipo histológico difere dos outros cânceres do trato gastrointestinal por começarem em  diferentes tipos de células, tendo tratamento e prognóstico extremamente variados

Epidemiologia dos Tumores do Trato Gastrointestinal

A epidemiologia dos tumores gastrointestinais varia a depender do local acometido e tipo histológico do câncer que estamos falando. Pensando nisso, vou resumir a epidemiologia dos principais tipos de tumor, para dessa forma termos uma visão ampla sobre o assunto.

Inicialmente vamos falar sobre o câncer de esôfago. Ele está entre as dez neoplasias malignas mais incidentes no Brasil. Essa neoplasia é mais comum em homens, tendo uma proporção de 3 homens para uma mulher nos tumores de células escamosas e de  15:1 no adenocarcinoma. Em média ele se apresenta a partir dos 40 anos de idade e a maior taxa de mortalidade é vista entre 60-70 anos). Por fim, o tipo escamoso é mais comum em negros, ao passo que o adenocarcinoma é uma doença típica de brancos.

Em relação câncer gástrico, sabemos que sua incidência  varia muito em diferentes partes do mundo. Isso se deve especialmente à influência fatores ambientais Ele acomete especialmente  homens brancos, e parece estar relacionado ao tabagismo e ao alcoolismo!

Por fim, as neoplasias de intestino e colon costumas estar relacionadas a outras patologias, como por exemplo a síndromes de polipose familiar. Além disso, hoje se reconhece também a existência de uma síndrome de câncer colorretal hereditário “não polipose” , a síndrome de Lynch. Apesar disso, vale ressaltar que cerca de 75% dos casos temos uma neoplasia ocasional, onde  não existe uma história familiar importante.

Manifestações Clínicas dos Tumores do Trato Gastrointestinal

As manifestações clínicas dos tumores gastrointestinais se dividem em três principais grupo: Sintomas relacionadas a obstrução, sangramento e desconforto/dor. A forma de manifestações desses sintomas varia de acordo com a atura do TGI que é acometida. 

Em tumores altos, no esôfago, por exemplo, os principal sintoma é a obstrução do alimento cursando com dificuldade para se alimentar, inicialmente para sólidos e evoluindo progressivamente para dificuldade com alimentos pastosos e líquidos.

Além disso, tumores mais baixos, como no cólon, também podem cursar com obstruções, entretanto, nesses casos, temos a parada ou dificuldade de eliminação das fezes.

Além disso, os sangramentos dos tumores podem acontecer em qualquer altura do TGI. Diante disso, melena ou mesmo sangue oculto nas fezes são achados possíveis em diversos tumor do TGI.

Para finalizar a presença de massa palpável, dor ou mesmo desconforto abdominal, podem ser sinais de que existe a presença de um tumor no TGI.

Diagnóstico e Tratamento dos Tumores do Trato Gastrointestinal

O diagnóstico dos tumores do TGI variam de acordo com o tumor avaliado. Entretanto, em geral, o diagnóstico é realizado a partir de um quadro clínico sugestivo, associado a uma imagem (Uultrassonografia. Tomografia ou mesmo Ressonância magnética) sugestiva de um tumor.

A partir disso, deve ser realizada biópsia para diagnóstico e estadimaento da lesão.  A depender do tipo de câncer, podemos utilizar cirurgia, quimioterapia ou mesmo radioterapia como forma de tratamento. Em algumas situações, é necessário a junção de duas ou até as três formas de tratamento.

Como a Radioterapia pode ajudar no tratamento dos Tumores do Trato Gastrointestinal

A radioterapia pode ser realiada pr´-opreratória, tendo como intuito principal o controle local do tumor. Nessas situações, o uso da radioterapia muitas vezes é capaz de gerar uma regressão da lesão, facilitando o ato operatório.

Além disso, ainda é possível a utilização de radioterapia pós-operatória. Nessas situações, utilizamos a radioterapia com o intuito de eliminar possíveis células residuais da neoplasia, que permaneceram presentes após a remoção da peça cirúrgica.

Perguntas frequentes sobre os tumores do TGI

Retire todas as suas principais dúvidas sobre aos Tumores do TGI.

O prognóstico dos tumores do TGI vai depender do padrão histológico do tumor associado ao seu estadiamento. Entretanto, em geral, boa parte dos tumores do TGI possuem tratamento curativo ou então capaz de prolongar a vida do paciente.

Os tumores de cólon não obrigatoriamente vão sangrar, entretanto, é comum que exista esse achado. Entretanto, boa parte dos pacientes não apresentam sangue vivo nas fezes, sendo necessário a avaliação da presença de sangue oculto nas fezes.

Segundo as recomendações brasileiras, todos os homens e mulheres com mais de 50 anos deveriam fazer a colonoscopia a fim de  detectar precocemente o câncer colorretal.

Já a American Cancer Society, nos Estados Unidos, indica um rastreio ainda mais cedo, iniciando  a partir dos 45 anos.

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