Os tumores do sistema nervoso estão relacionados à um grupo diverso de cânceres. As suas manifestações dependem da localização e do tipo celular que originou o processo neoplásico. Além disso, é importante lembrar que o sistema nervoso pode ser atingido por metástases de outros tumores do corpo e, devido à sua fragilidade, é uma região cujo prognóstico inclui altas taxas de mortalidade e morbidade.
Fisiopatologia dos tumores do Sistema Nervoso
A origem tumoral pode ser primária (benigna ou maligna) ou originária de metástase de outros tumores. Lembrando que existem mais de 150 tipos diferentes de tumores primários organizados em diversas categorias. Os tumores primários podem ser originado das células neuronais ou de suporte, tais como astrócitos, células da glia, do plexo coroide e dos oligodendrócitos. Já os tumores secundários podem se disseminar de outros sítios primários quando existe metástase.
Epidemiologia dos tumores do Sistema Nervoso
Os tumores do sistema nervoso são uma importante causa de morbimortalidade dentro da oncologia. Isso se deve pelas características celulares e vulnerabilidade do tecido, tanto aos procedimentos cirúrgicos, como à quimio e radioterapia.
É importante salientar que os tumores de sistema nervoso incluem um grupo heterogêneo, com mais de 100 tipos primários cerebrais e diversas categorias, as quais incluem os tumores primários e secundários.
Os tumores de sistema nervoso correspondem a uma pequena parcela das neoplasias, em torno de 2-3% de todos os cânceres, no entanto, geram especial preocupação devido às suas repercussões.
Manifestações Clínicas dos Tumores do Sistema Nervoso
Os tumores do sistema nervoso manifestam características específicas de acordo com a localização em que está ocorrendo invasão e proliferação celular. Normalmente é possível perceber no exame clínico a presença crônica de cefaleias, náuseas, vômitos, alteração neurológica e cognitiva, convulsões, afasia, fraqueza, perda sensitiva, visual ou espacial. Os sintomas compressivos podem ser exacerbados pela manobra de valsalva, que aumenta a pressão intracraniana (PIC).

Diagnóstico dos Tumores de Sistema Nervoso
Além da clínica e avaliação neurológica minuciosa, supracitada, a avaliação diagnóstica dos tumores cerebrais requer os exames de imagem. Normalmente são utilizados os exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética, os quais podem, inclusive, guiar a escolha do tratamento.
Exames gerais como os de sangue e a dosagem de hormônios, podem ser solicitados para o diagnóstico diferencial de alguns tumores.
Tratamento dos Tumores do Sistema Nervoso
O tratamento varia de acordo com o objetivo terapêutico. Além da opção cirúrgica, que necessita avaliação minuciosa, podem ser realizadas a radioterapia e a quimioterapia. No caso da quimioterapia, tanto opção intravenosa como intratecal podem ser utilizadas. No entanto, é essencial a vigilância desses pacientes, pois a toxicidade ao sistema nervoso pode gerar repercussões graves.
Como a Radioterapia pode ajudar no tratamento dos Tumores do Sistema Nervoso
A radioterapia pode ser realizada com modalidades de alta precisão e direcionamento dos raios, tais como na radioterapia estereotáxica (SRS), no entanto, é importante lembrar que o tecido nervoso é sensível ao dano, podendo ocorrer déficits cognitivos, da memória, de funções executivas, principalmente se utilizadas técnicas menos precisas. Além disso, é importante lembrar que sintomas agudos como sonolência, cefaleia, náuseas e vômitos podem acontecer de forma aguda e possuem resolução espontânea na maioria dos casos.
Perguntas frequentes sobre os tumores do Sistema Nervoso
Algumas dúvidas comum sobre o assunto:
Tumores do sistema nervoso tem cura?
Sim, apesar de ser uma região muito delicada, os tumores do sistema nervoso podem ser tratados.
Tumores do sistema nervoso são comuns?
Felizmente não, eles representam apenas 2-3% de todos os tumores, no entanto demandam atenção especial devido à sua morbimortalidade.
Pode ser realizada radioterapia no sistema nervoso?
Sim, no entanto são escolhidas, normalmente, técnicas mais precisas, com objetivo de preservar ao máximo os tecidos adjacentes.