Dr. Gabriel Gil

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Dr. Gabriel Gil

Médico especialista em Radioterapia

Mieloma, ou mieloma múltiplo, é um tumor maligno que se desenvolve nas células plasmáticas responsáveis pelo sistema de defesa do organismo. Agora explicarei brevemente sobre essa condição e como a radioterapia pode auxiliar no tratamento dessa doença!

Qual a Fisiopatologia do Mieloma?

É diagnosticado como mieloma quando ocorre um crescimento anormal e acelerado que afeta os plasmócitos, um subtipo dos linfócitos B -glóbulos brancos produzidos na medula óssea- resultando no crescimento de células que passaram por um processo de mutação e não são normais, ou seja, que não ajudam o corpo do paciente.

O mieloma tem início no momento em que os linfócitos B sofrem diferenciação, tornando-se plasmócitos, nesse momento ocorre uma mutação, ou seja, uma alteração na expressão gênica, resultando na produção de plasmócitos anormais.

Com isso, ocorre um crescimento anormal e acelerado desse grupo de células malignas. Assim, pode afetar o funcionamento da medula óssea e gerar mudanças no sangue, bem como gerar um aumento nas proporções de plasma presente na corrente sanguínea. Além disso, pode causar outras complicações, como insuficiência renal e problemas no sistema imunológico.

O mieloma múltiplo é uma neoplasia hematológica que envolve os plasmócitos. Essa doença é mais prevalente em idosos (>65 anos). A fisiopatologia do mieloma múltiplo se caracteriza pela multiplicação anormal de plasmócitos, os quais produzem quantidades exageradas de anticorpos.

Os plasmocitomas são tumores localizados, são formados por um aglomerado de plasmócitos anormais. Eles podem crescer tanto dentro do osso – intramedular- quanto fora dele -extramedular. Quando ocorre o crescimento intramedular, prejudica tanto a produção normal das outras células sanguíneas como também danifica a estrutura óssea. No caso de existir vários plasmocitomas dentro e fora do osso, é denominado Mieloma Múltiplo.  

 

Os subtipos mais comuns dessa doença são: Gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) e mieloma múltiplo. Essa doença apresenta um amplo espectro clínico, desde forma assintomática até formas mais agressivas, como acometimento de outros órgãos ou tecidos. 

Qual a Epidemiologia do Mieloma?

A epidemiologia do mieloma varia de acordo com os subtipos dessa doença. No entanto, a maioria dos casos começa com uma doença não neoplásica ou de desenvolvimento bem lento, como a Gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS).

Assim, a epidemiologia do mieloma múltiplo e os distúrbios relacionados possuem pouca frequência na população. Estudos epidemiológicos internacionais indicam que a prevalência da Gamopatia monoclonal de significado indeterminado (MGUS) é de 3% em indivíduos com mais de 50 anos e 5% em indivíduos com 70 anos ou mais. Já o mieloma múltiplo apresenta 1% de todas as neoplasias malignas e de 10 a 15% dos cânceres hematológicos.

Vários estudos apresentam a predileção pelo gênero masculino, ocorrendo em quase a totalidade dos casos em pacientes acima dos quarentas anos de idade. Clinicamente o mieloma múltiplo acomete áreas de intensa atividade hematopoiética, como coluna lombar, costelas e ossos pélvicos. 

A incidência de mieloma múltiplo no sexo masculino é de 1,6/100.000, enquanto no sexo feminino é de 1/100.00. A idade média é por volta de 65 anos. A prevalência em negros é duas vezes maior que em brancos. A etiologia é desconhecida, embora sejam sugeridos fatores genéticos cromossômicos, radiação e agentes químicos. 

 

Apesar da baixa prevalência na população, o mieloma múltiplo apresenta alta letalidade, aproximadamente 50% dos casos, sendo responsável por 20% dos óbitos por canceres hematológicos. 

Quais as Manifestações Clínicas do Mieloma?

Os sintomas mais frequentes são dores em certos ossos como costelas, e ossos da região das costas e peito. Além de fraturas e ossos fracos; níveis elevados de cálcio na corrente sanguínea; infecções, uma vez que o sistema imunológico está debilitado. No geral, observa cansaço, fadiga, anemia, palidez, perda de peso e apetite, insuficiência renal, confusão mental e sede excessiva. 

Como é feito o Diagnóstico do Mieloma?

Na prática clínica, quando no mínimo dois dos três critérios a seguir estão presentes, pode ser realizado o diagnóstico de mieloma múltiplo: lesões ósseas, presença sérica ou urinária de imunoglobulina monoclonal; excesso de plasmócitos clonais na biópsia de medula óssea, geralmente acima de 10%.

O diagnóstico por imagem pode ser realizado por meio de radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. As radiografias são o exame de imagem inicial no estudo do mieloma. Na tomografia é possível observar lesões osteolíticas perfurantes, lesões expansivas com massas em tecido mole, osteopenia difusa, fraturas e esclerose óssea.

Por sua vez, a ressonância magnética permite visualizar diretamente o tumor na medula óssea, o que permite determinar precisamente a extensão da doença, bem como acompanhar a evolução do tratamento. O mielograma, ou aspirado da medula óssea seguido de biópsia, é outro exame importante para avaliar o estagio da doença.

 

Por fim, o diagnóstico também pode se basear na avaliação clínica do paciente e nos resultados de exames como hemograma, eletroforese de proteínas e imunofixação da proteína realizados em amostras de sangue e de urina.

Como é feito o Tratamento do Mieloma?

O tratamento do mieloma vai depender do estado do câncer do paciente, a quimioterapia e a radioterapia podem ser aplicadas e o paciente precisa ser mantido em isolamento, para evitar o contato com germes, vírus e bactérias, uma vez que o sistema imunológico se encontra abalado.

Além das opções radioterápicas, alguns pacientes podem ser elegíveis para transplantes de medula óssea. O transplante autogênico de células-tronco periféricas é geralmente indicado para pacientes com menos de 65 anos e naqueles resistentes à quimioterapia.

No caso do transplante heterogênico, ele pode curar pequena fração dos pacientes, esse método apresenta índice de sobrevida global de até cinco anos. Esse tratamento não é indicado para pacientes com idade avançada.

 

Outro método de tratamento é a utilização de medicamentos om mecanismo de ação que interfere na multiplicação das células tumorais, como a terapia biológica, que atua no sistema imunológico a fim de restabelecer as defesas naturais do organismo; a terapia-alvo, que bloqueia alvos moleculares com o objetivo de manter a divisão celular sob controle. 

Como a Radioterapia pode ajudar no tratamento do Mieloma?

A radioterapia usa radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. A radioterapia pode ser realizada para tratar áreas ósseas acometidas pelo mieloma que não responderam à quimioterapia e outros medicamentos.

Essa técnica não é o principal tratamento para o mieloma múltiplo, mas pode fazer parte do tratamento para algumas pessoas com o intuito de ajudar a aliviar as dores nos ossos e tratar um tumor de células plasmáticas único.

A radioterapia usa energia direcionada na forma de raio-x para destruir células cancerosas, diminuir tumores e tardar a progressão do câncer.

 

Por fim, a radioterapia pode ser combinada com outras opções, como quimioterapia ou terapia biológica, para uma abordagem abrangente do tratamento. 

Perguntas frequentes sobre o Mieloma

Retire todas as suas principais dúvidas sobre ao Mieloma!

causa do mieloma múltiplo  ainda é desconhecida. Apesar disso, sabemos que essa condição é decorrente de alterações genéticas que afetam o funcionamento das células da medula óssea.

A sobrevida com a doença é extremamente variável e dependente do estágio em que ela foi identificado. Com um diagnóstico e intervenção precoce, é possível uma sobrevida de até mesmo algumas décadas!

 

Dr. Gabriel Gil

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