Os cânceres pediátricos possuem particularidades em relação aos tipos de cânceres que acometem os adultos. Eles costumam ser bem mais agressivos e avançam de maneira muito mais rápida. No entanto, essa enfermidade tem alta chance de cura.
Qual a Fisiopatologia do Câncer Pediátrico?
O câncer pediátrico ou infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum uma proliferação descontrola de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Normalmente o câncer infantojuvenil afeta células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação.
As neoplasias pediátricas possuem origem embrionárias, constituídas por células indiferenciadas, fator que determina uma resposta muito melhor aos modelos terapêuticos.
Os tumores na infância e na adolescência mais frequentes são as leucemias, os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas.
Também há a ocorrência de neuroblastomas, tumor de Wilms (tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo, osteossarcoma e sarcomas (tumores de partes moles).
O tipo mais comum em crianças são a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e a Leucemia Mieloide Aguda (LMA). As leucemias podem progredir rapidamente, sendo necessário o tratamento com quimioterapia.
Os tumores cerebrais e do sistema nervoso central (SNC) em crianças são o segundo tipo mais comum, e se inicia na parte inferior do SNC, como cerebelo e tronco cerebral. Já os neuroblastomas é uma forma de câncer que se inicia precocemente nas células nervosas encontradas em um embrião ou feto em desensolvimento, esse câncer ocorre me lactentes e bebês.
Qual a Epidemiologia do Câncer Pediátrico?
Conforme a epidemiologia apresentada pelo Instituto Nacional de Câncer são registradas 12 mil novos casos de câncer infantil.
A leucemia corresponde a maioria dos casos, seguido de Tumores cerebrais e do sistema nervoso central que representa 26% dos cânceres infantis. Enquanto o tumor de Wilms corresponde a 5% dos cânceres infantis.
No Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.
Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer pediátrico foi extremamente significativo. Em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos pelas neoplasias podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados.
Quais as Manifestações Clínicas do Câncer Pediátrico?
Os sintomas da neoplasia pediátrica são: perda de peso contínua e inexplicável, dores de cabeça com vômito de manhã, aumento do inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações, protuberância ou massa no abdômen, pescoço ou qualquer outro local, desenvolvimento de uma aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças repentinas na visão, febres recorrentes não causadas por infecções, hematomas excessivos ou sangramento, geralmente repentinos, palidez perceptível ou cansaço prolongado.
Como é feito o Diagnóstico do Câncer Pediátrico?
Os cânceres pediátricos são raros e não há testes de rastreamento recomendados para detectar a doença.
Quando há suspeita, nos tumores sólidos é preciso um estudo de imagem para orientar o procedimento inicial a ser realizado.
Em alguns casos, é possível a abordagem cirúrgica para a ressecção completa do tumor. Quando não for possível, será realizada uma biópsia para fornecer o diagnóstico histopatológico e início do tratamento quimioterápico.
Somente em algumas situações muito específicas, o exame de imagem é suficiente para iniciar um tratamento. Por isso, é importante que os pais fiquem atentos aos sintomas e procure um médico imediatamente.
Como é feito o Tratamento do Câncer Pediátrico?
O tratamento da neoplasia infantojuvenil compreende-se por três modalidades principais: quimioterapia, cirurgia e radioterapia. Essas técnicas são aplicadas de forma racional e individualizada para cada tumor específico e de acordo com a extensão da doença.
Haverá um planejamento de acordo com o diagnóstico do tumor e as suas características biológicas.
O tratamento do câncer infantojuvenil precisa de cuidados sociais, e a cura não pode se basear apenas na recuperação biológica, sendo necessário pensar no bem-estar e na qualidade de vida do paciente.
Com isso, é importante ter suporte psicossocial ao paciente e aos seus familiares.
Como a Radioterapia pode ajudar no tratamento do Câncer Pediátrico?
A radioterapia é realizada em crianças desde a década de 1930, e hoje é usada principalmente para neuroblastomas infantil, linfoma, tumores cerebrais e sarcomas de tecidos moles e ósseos.
Ela utiliza radiação para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. A radioterapia pode ser aplicada junto com a quimioterapia, tratamento que utiliza de medicamentos para combater o câncer.
Com isso, a radioterapia atua nos tumores inibindo ou destruindo a partir de radiações ionizantes. No entanto, mesmo que a radioterapia seja direcionada ao tumor, pode afetar células saudáveis e causar efeitos colaterais, porém, nas crianças, o risco é menor, uma vez que os tecidos e órgãos ainda estão em desenvolvimento.
Perguntas frequentes sobre o Câncer Pediátrico?
Retire todas as suas principais dúvidas sobre aos Tumores Pediátricos!
Qual o câncer mais Frequentes na infância?
O câncer mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos). Seguido delas, temos os tumores que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).
O que é o tumor de Wilms?
O Tumor de Wilms (também conhecido como Nefroblastoma) é um tumor maligno originado no rim. É o tipo de tumor renal mais comum na infância e pode acometer um ou ambos os rins
Quais os Sintomas dos Tumores pediátricos?
Existem uma série de sintomas que podem aparecer nesse tipo de doença. A lista a baixo contempla aqueles mais comuns
- Perda de peso contínua e inexplicável.
- Dores de cabeça com vômito de manhã
- Aumento do inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações.
- Protuberância ou massa no abdômen, pescoço ou qualquer outro local.