Dr. Gabriel Gil

Seja bem vindo ao meu site! Vou lhe contar um pouco sobre mim, sou médico especialista e radioterapia, com mas de 10 anos de experiência.

Para atender o paciente oncológico, é necessário não apenas muito conhecimento, como também atenção, compreensão e empatia 

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Dr. Gabriel Gil

Médico especialista em Radioterapia

O Câncer de próstata é o tipo de câncer mais comum em homens, estando atrás apenas dos tumores de pele não melanoma. Estima-se que em nosso pais ocorram pouco mais de 61 mil casos novos por ano, representando cerca de 30% de todas as neoplasias malignas no sexo masculino. 

Sabendo disso, hoje vou te explicar em detalhes tudo aquilo que você precisa saber sobre o câncer de próstata.

Qual é a Fisiopatologia do Câncer de Próstata?

A etiologia do câncer de próstata não é algo totalmente esclarecido pela medicina. Apesar disso, sabemos que os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença são a presença de testosterona e associado a idade mais avançada.  Isso se deve ao fato dos hormônios androgênicos, como testosterona e a Di-hidrotestosterona (DHT), atuarem estimulando o crescimento da glândula.

Vale ressaltar que o câncer de próstata ocorre quando há o crescimento  desordenado  dessas células do órgão. Esse crescimento desordenado permite que elas invadam tecidos próximos e até mesmo órgãos a distância, causando dano tecidual.  

A causa para o surgimento dessas desordens geralmente é resultado de mutações genéticas e interações com o ambiente. Essas mutações costumam estar  associadas a alguns hábitos de risco, tais como tabagismo e consumo exacerbado de alimentos ricos em gordura.

Além disso, obesidade e herança genética são fatores de risco também aceitos na etiologia do tumor.  Especula-se o envolvimento de outros componentes no desenvolvimento desse tipo de câncer, entre eles se destacam a vasectomia, atividade sexual e até mesmo ingesta de licopenos.

A história natural do tumor de próstata é relativamente variada, possuindo desde casos com evolução lenta, indolentes e assintomáticos até situações de rápida evolução para metástases. Felizmente, o mais comum são quadros de evolução lenta, onde podemos iniciar o tratamento precocemente com alta chance curativa. 

Qual é a Epidemiologia do Câncer de Próstata?

O câncer de próstata é a neoplasia mais comum em  homens, no Brasil, estando atrás apenas dos câncer de pele não melanoma. O INCA estima que em nosso país ocorreram 65.840 casos novos por ano entre 2020-2022.  Para se ter ideia, essa incidência é o equivalente à um risco estimado de 62,95 casos novos a cada 100 mil homens.

A estimativa mundial, corroborando com nossa realidade nacional, aponta o câncer de próstata como o segundo câncer mais prevalentes em homens no mundo.

Em relação a mortalidade dessa doença, os dados mais atuais apontam que em nosso país, no ano de 2017, 15.391 homens morreram por conta do  câncer de próstata, o equivale ao risco de 15,25/100 mil homens.

Por fim, vale ressaltar que o principal fator de risco identificado é a idade. Sendo que a incidência da patologia aumenta significativamente a partir dos 50 anos.

Quais são as Manifestações Clínicas do Câncer de Próstata?

O câncer da próstata geralmente apresenta uma evolução silenciosa. Sendo assim, a grande maioria dos pacientes apresenta-se assintomático ao diagnóstico.

Em situações em que o paciente apresenta sintomas, eles são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata, apresentando dificuldade para urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, por exemplo.

Em situações mais avançadas, onde já existe metástase, por exemplo, alguns sintomas como  dor óssea, sintomas urinários ou até mesmo infecção generalizada e insuficiência renal se fazer presentes.

Como é Realizado o Diagnóstico do Câncer de Próstata?

O diagnóstico do câncer da próstata é realizado através da análise histopatológica do tecido prostático obtido por meio da biópsia da glândula.

Geralmente é realizado esse procedimento em situações em que o médico urologista identifica alterações no toque retal ou mesmo no exame do PSA. Nessas situações é comum que seja solicitado a realização de uma biópsia da glândula, identificando a presença da doença.

Após realização da biópsia, o patologista realiza uma análise do tecido. Em situações em que existe a presença de alterações neoplásicas, é realizado um relatório contendo qual o grau de diferenciação celular dessas células, sendo então elaborada a  classificação  de Gleason.

A pontuação de Gleason atribui notas com base em quanto o tumor se parece com o tecido normal da próstata:

  • Caso o tumor seja muito parecido com o tecido normal,  atribuímos a nota 1.
  • Já nos casos em que o tumor tem características extremamente diferentes do tecido normal, a classificação recebe a pontuação 5.
  • Em situações intermediárias temos as pontuações de 2 a 4.

Além disso, um ponto a se considerar é que geralmente  os cânceres  têm áreas com diferentes graus de diferenciação. Sendo assim, é possível encontrar áreas de grau 1 e de grau 5 na mesma amostra.

Por conta dessa particularidade, convencionou-se que deve ser levado em consideração as duas principais áreas do tumor e então somar as pontuações. 

Sendo assim, a pontuação de Gleason pode estar entre 2 e 10 pontos.

Com a pontuação em mãos conseguimos classificar os tumores de próstata de acordo com seu grau:

  • Tumores com pontuação de Gleason até 6 são frequentemente chamados de baixo grau.
  • Aqueles com pontuação de Gleason de 7 são denominados  de grau intermediário.
  • Já os com pontuações de Gleason de 8 à 10, são denominados de alto grau.

Qual é o Tratamento do Câncer de Próstata?

O tratamento do câncer de próstata deve ser realizado de forma individual a partir do grau de evolução da doença. Em geral, podemos realizar a cirurgia radical, a radioterapia ou mesmo a observação vigilante.

Essa última alternativa consiste em não realizar nenhuma medida efetivamente terapêutica, realizando apenas o acompanhamento do avanço da doença. Essa opção costuma ser recomendada apenas a pacientes acima de 75 anos, com baixo escore de Gleason associado a uma expectativa de vida  limitada do paciente.

Já a cirurgia radical, também chamada de prostatovesiculectomia radical, costuma ser empregada em pacientes com uma expectativa de vida maior e que apresentam um câncer da próstata localizado.

Além disso, podemos utilizar a radioterapia. A radioterapia pode ser dividida em externa e intersticial (braquiterapia). Geralmente optamos por essas técninas em pacientes que possuem uma doença localizada, como forma alternativa à cirurgia.

Por fim, em doenças avançadas, muitas vezes necessitamos combinar os tratamentos já propostos, onde podemos realizar a cirurgia radical seguida de radioterapia.

Por fim, outra possibilidade é o tratamento utilizando  bloqueio hormonal. Nesses pacientes, os hormônios androgênicos são bloqueados através de uma medicação, sendo capaz de muitas vezes controlar até mesmo doenças metastáticas.

Como a Radioterapia Pode Ajudar no Tratamento do Câncer de Próstata?

O tratamento radioterápico consiste na utilização de radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas que formam o tumor.

Sendo assim podemos utilizá-la de duas principais formas: Como tratamento único, especialmente de tumores localizados, ou mesmo junto ao tratamento cirúrgico.

Vale ressaltar que estudos apontam que as taxas de cura para homens com tumores localizados que realizaram radioterapia são aproximadamente as mesmas daqueles que fizeram prostatectómica radical.

Além disso, outra possibilidade é a utilização da radioterapia após a cirurgia, como forma de tratar tumores que não foram completamente removidos ou que recidivaram após a cirurgia.

Para finalizar, existem 2 tipos de radioterapia usados no tratamento do câncer de próstata:

A radioterapia externa e braquiterapia (radioterapia interna).

A radioterapia externa é focada sobre a glândula prostática a partir de uma fonte de radiação externa. Esse tipo de radioterapia possui efetividade tanto em situações em que o objetivo é a cura de tumores em estágio inicial quanto em situações em que objetivamos o alivio de sintomas, como dor óssea, por exemplo

As sessões são rápidas, durando poucos minutos, pendendo se realizadas 5 dias por semana durante 6 a 7 semanas.

Diferentes técnicas podem ser empregadas nessa situação, entre elas se destacam a Radioterapia conformacional 3D; Radioterapia de intensidade modulada (IMRT); Radioterapia guiada por imagem (IGRT); Arcoterapia volumétrica modulada (VMAT) e a Radioterapia estereotáxica (SRS)

Perguntas frequentes sobre o Câncer de Próstata

Retire todas as suas principais dúvidas sobre o Câncer de Próstata!

  • Ter mais de 65 anos.
  • Ser de raça negra
  • Obesidade
  • Dieta rica em gorduras
  • História familiar
  • Mutações Genéticas

Idealmente o diagnóstico de câncer de próstata deve ser realizado antes mesmo de existirem sintomas. Por isso as campanhas de rastreio iniciam já aos 50 anos de idade, com o PSA (exame de sangue) e toque retal. Entretanto, em casos em que o rastreio não é realizado da forma adequada, os indicativos da doença surge devido a sintomas de obstrução urinária, tais como: dificuldade para urinar, jato intermitente e/ou fraco, por exemplo, sangue na urina ou esperma etc.

O câncer de próstata é a segunda principal causa de morte por câncer em homens, atrás apenas câncer de pulmão. Segundo dados do INCA, em 2021, 15.983 homens faleceram dessa doença. Outro dado alarmante é que estudos mostram que a cada 41 homens, pelo menos 1 morrerá de câncer de próstata. 

Os dados que mostramos acima são extremamente alarmantes. Entretanto, um ponto deve ser ressaltado:-  Atualmente a medicina é capaz de diagnosticar precocemente o câncer de próstata e, com o diagnóstico, a chance de cura é superior a 90%.

Sendo assim, fica evidente a importância do rastreio do câncer de próstata no controle dessa doença. As recomendações atuais envolvem a utilização de um exame laboratorial, o PSA, e o exame de toque feito em consulta médica, onde alteração nestes exames levantam a suspeita de câncer de próstata. 

Esse rastreio deve ser realizados a partir dos 50 anos na população geral; e, a partir dos 45 anos, em pessoas com fatores de risco para a doença. Sabendo disso, é crucial que os homens nessa faixa etária realizem periodicamente consultas com seu médico de confiança.

Dr. Gabriel Gil

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