Dr. Gabriel Gil

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Dr. Gabriel Gil

Médico especialista em Radioterapia

O Câncer de mama o tipo de câncer mais frequente nas mulheres após os câncer de pele não melanoma. Nesta doença, ocorre um desenvolvimento anormal das células da mama, que se multiplicam descontroladamente gerando o tumor.

Fisiopatologia do Câncer de Mama

O câncer de mama consiste na multiplicação desordenada das células maárias. Essa divisão pode gerar uma invasão local ou mesmo disseminação através dos linfonodos regionais, da corrente sanguínea, atingindo órgãos e sistemas distantes.

O câncer de mama metastático acomete geralmente pulmões, fígado, ossos, cérebro e pele.

Vale ressaltar outra peculiaridade do câncer de mama: Muitos dos tumores possuem receptores hormonais de estrogênio e progesterona, esse receptores geram a replicação do DNA e a divisão celular quando estão ligados aos hormônios apropriados.

Além disso, outro receptor celular que faz parte da patogênese da doença é a proteína do receptor do fator de crescimento epitelial humano 2 (HER2). A presença do HER2 está relacionado a um prognóstico reservado em qualquer estágio do câncer.

Epidemiologia do Câncer de Mama

O INCA estima que cerca de 66.280 casos de câncer de mama tenham ocorrido no ano de 2020. Apesar desse tipo de câncer ser o mais comum em mulheres, após os câncer de pele não melanoma, vale ressaltar que eles não são exclusivos do sexo feminino. O câncer de mama em homens, apesar de incomum, pode sim ocorrer.

Os fatores de risco estão relacionados àqueles relacionados a maior tempo de exposição ao estrogênios, como por exemplo: menarca precoce, nuliparidade, idade da primeira gestação a termo acima dos 30 anos, anticoncepcionais orais, menopausa tardia e terapia de reposição hormonal.

Além desses, a idade continua sendo um dos mais importantes fatores de risco. De forma a endossar a essa realidade, sabemos que O câncer de mama é raro antes dos 35 anos, aumentando exponencialmente sua incidência com a idade, sendo então descoberto, principalmente, entre 40 e 60 anos. 

Por fim, vale citar que diferente do que muitos creem, 90% dos casos de câncer de mama em todo mundo são esporádicos, não possuindo correlação hereditária. 

Manifestações Clínicas do Câncer de Mama

Devido os avaços no rastreio do câncer de mama, a grande maiora dos casos são diagnósticoados ainda em fases assintomáticas da doença. Apesar disso, ainda nas  fases iniciais é possível a percepção de umn nódulo, geralmente endurecido, fixo e  indolor na região das mamas.

Além disso, é razoavelmente comum a alteração da pele da mama que pode ficar avermelhada, retraída ou parecida com uma casca de laranja. Outro tipo de alteração visual que pode correr é  no mamilo. Por fim, linfonodos aumentados podem ser percebidos nas axilas ou no pescoço

Outro tipo de sintoma não tão comum, mas que gera preocupação é a saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos

Por conta disso, é importante que todas as mulheres realizem rotineiramente a mamografia de rastreamento a cada dois anos entre os 50 a 69 anos. Além disso, consultas regulares para análise das mamas por um profissional habilitado, pedem fazer parte da prevenção.

Diagnóstico do Câncer de Mama

Como já comentei anteriormente a mamografia é um exame auxilia no diagnóstico precoce do câncer de mama, fato que pode possibilitar taxas de cura de até 95%, possibilitando tratamentos menos agressivo com maior chance de preservação da mama.

Em situações em que a mamografia nos sugere uma lesão suspeita, realizamos uma biópsia com agulha grossa, avaliando a histologia da lesão.

Por fim, alguns casos selecionados, especialmente em mulheres jovens, podemos conduzir a investigação com a ultrassonografia no lugar da mamografia, indicando com maior precisão a necessidade de biópsia.

Sendo assim, os exames de imagem atuam nos informando quais são as pacientes que apresentam lesões suspeitas que mereçam uma maior investigação e a biópsia confirma o diagnóstico definitivo da neoplasia.

Tratamento do Câncer de Mama

O tratamento do câncer de mama passou por mudanças drásticas nas últimas décadas. Um câncer que até alguns anos atrás teria como única opção terapêutica a remoção completa da mama, hoje, pode muitas vezes ser trada o de forma conservadora, com preservação de boa parte do órgão.

O tratamento, assim com o de outras neoplasias, varia de acordo com o estadiamento da doença, características biológicas do tumor associado aos dados clínicos da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e preferências).

No mesmo caminho, o prognóstico do câncer de mama depende da extensão da doença.  Sendo que em  situações em que ocorre um diagnóstico precoce, o tratamento possui um maior potencial curativo. Já em casos avançados com metástases  por exemplo, o tratamento tem por objetivos principalmente prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

Posto isso, as modalidades terapêuticas do câncer de mama podem ser divididas em tratamento local e sistêmico.

O tratamento local costuma ser realizado através da cirurgia seguida de radioterapia. Já o tratamento sistêmico une quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica. 

Já as cirurgias, podem ser radicas ou conservadoras. Na cirurgia conservadora temos uma ressecção da área que contém o tumor, com boa margem de segurança, porém, com preservação da maior parte da mama. Essa técnica pode ser empregada em situações em que o volume do tumor corresponda a até 20% do volume total mamário.  

Já as cirurgias radicais, temos basicamente as mastectomias. Ou seja, retirada completa da mama.

A mastectomia pode ser simples, ou seja, havendo apenas à exérese da mama ou radical, onde há além da retirada da glândula mamária, existe a retirada de tecidos adjacentes, como o músculo peitoral maior e menor, por exemplo.

Como a Radioterapia pode ajudar no tratamento do Câncer de Mama

A radioterapia revolucionou o tratamento do câncer de mama. Ela tem o papel de  controlar loco regionalmente a doença.

Ela pode ser utilizada ocasionalmente no pré-operatório para reduzir o volume tumoral. Entretanto, seu uso mais comum é no pós-operatório, ou seja, radioterapia adjuvante, para diminuir as taxas de
recidiva.

Essa utilização da radioterapia no pós operatório do câncer de mama possibilitou que cirurgias menos invasivas fossem realizados. Sendo assim, mesmo em cirurgias conservadoras de mama, temos uma grande segurança, e baixos níveis de recidiva, devido o suo pós operatório de radioterapia.

Todas as candidatas à radioterapia devem realizá-la até no máximo 16 semanas após a cirurgia. Além disso, algumas pacientes obrigatoriamente precisam passar por esse procedimento, são elas: 


● Pacientes que realizaram cirurgias conservadoras da mama;
● Tumores maiores que 4 cm (5 cm segundo algumas referências);
● Na presença de quatro ou mais linfonodos axilares acometidos.

 

Por fim, podemos ainda realizar a radioterapia em pacientes em que a cirurgias radicais não
garantiu segurança total da remoção da lesão.

Perguntas frequentes sobre o Câncer de Mama

Retire todas as suas principais dúvidas sobre o Câncer de Mama

Diferente do que muitas pessoas acreditam, homens podem sim desenvolver câncer de mama. Isso se deve ao fato de homens também apresentarem glândulas mamárias e hormônios femininos.

Geralmente o câncer de mama se manifesta apenas como um nódulo mamário, fixo e indolor. Entretanto, em casos mais avançados o Câncer de mama pode doer.

Mastectómicas é o nome que damos para a cirurgia de remoção completa da mama. Além de utilizar esse técnica no tratamento do Câncer de mama, podemos ainda emprega-la em casos de ginecomastia em homens, por exemplo.

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